Início da Mesopotâmia
A Mesopotâmia, que significa terra entre rios em grego, está localizada entre os rios Tigre e Eufrates, na região que hoje corresponde ao Iraque e partes da Síria e Turquia.
Essa civilização começou a se desenvolver por volta de 3500 a.C., durante o período
conhecido como a Idade do Bronze. A Mesopotâmia é frequentemente considerada o
berço da civilização devido às suas inovações em áreas como escrita, urbanização e
governo.
Os primeiros habitantes da Mesopotâmia eram principalmente agricultores que se
beneficiavam da irrigação proporcionada pelos rios. Com o tempo, essas comunidades
agrícolas se transformaram em cidades-estado, como Ur, Uruk e Babilônia. Alguns dos
povos que habitaram a Mesopotâmia foram: Sumérios, Acádios, Assírios, Babilônicos,
Caldeus.
A urbanização foi um marco importante, pois permitiu o desenvolvimento de
uma sociedade mais complexa, com divisão de trabalho e hierarquias sociais.
Características da Mesopotâmia
A civilização mesopotâmica é conhecida por várias características marcantes:
1. Escrita: Um dos maiores legados da Mesopotâmia é a invenção da escrita
cuneiforme, que surgiu por volta de 3200 a.C. Os sumérios, um dos povos que
habitavam a região, usavam essa forma de escrita para registrar transações
comerciais, leis e literatura, como a famosa “Epopéia de Gilgamesh”.
2. Religião: A religião desempenhava um papel central na vida mesopotâmica. Os
mesopotâmios eram politeístas e acreditavam em muitos deuses que representavam
forças da natureza e aspectos da vida cotidiana. Templos, conhecidos como zigurates,
eram construídos em honra a esses deuses e serviam como centros religiosos e
administrativos.
3. Inovações tecnológicas: A Mesopotâmia foi pioneira em várias inovações, como a
roda, o arado e o sistema de irrigação. Essas invenções não apenas melhoraram a
agricultura, mas também facilitaram o comércio e a mobilidade.
4. Sistema legal: Um dos primeiros códigos de leis conhecidos, o Código de Hamurabi,
foi criado na Babilônia por volta de 1754 a.C. Esse código estabelecia normas e
punições para diversas transgressões, refletindo a importância da justiça na sociedade
mesopotâmica.
5. Arte e arquitetura: A arte mesopotâmica é rica e variada, incluindo esculturas,
relevos e cerâmicas. A arquitetura monumental, como os zigurates e os palácios,
demonstra a habilidade e a criatividade dos povos mesopotâmicos.
Fim da Civilização Mesopotâmica
A civilização da Mesopotâmia começou a declinar por volta do primeiro milênio a.C.,
devido a uma combinação de fatores. A invasão de povos externos, como os assírios
e babilônios, e a crescente rivalidade entre as cidades-estado contribuíram para afragmentação da região. Além disso, problemas ambientais, como a salinização do
solo devido à irrigação excessiva, afetaram a agricultura e, consequentemente, a
economia.
A conquista da Mesopotâmia por impérios estrangeiros, como o Império em 539 a.C.,
marcando o fim do apogeu dos povos que a habitaram e, mais tarde, o Império
Alexandre, marcou o fim da autonomia das cidades-estado mesopotâmicas. Embora a
civilização mesopotâmica tenha chegado ao fim, seu legado perdura até hoje,
influenciando a cultura, a religião e a política de civilizações posteriores.
Em resumo, a Mesopotâmia foi uma civilização rica e inovadora que lançou as bases
para muitos aspectos da sociedade moderna. Sua história é um testemunho da
capacidade humana de se adaptar e criar.